Questões sobre relativismo moral
"É errado torturar uma pessoa."
O problema sobre o direito de uma pessoa decidir quando e como deve morrer é, sem dúvida, um tema muito controvertido. Leia o texto a seguir que apresenta as diferenças culturais sobre este tema tão polêmico.
Lidar com o fenômeno morte nunca foi algo tão simples para algumas civilizações. Por exemplo, os antigos egípcios se preparavam para a morte ornando seus túmulos como templo para a vida eterna, pois sabiam que a vida se prolongava com o afastamento da alma do corpo.
O povo mexicano, nos dias de hoje, mantém em suas tradições o culto com festas aos seus antepassados no dia dos mortos. É próprio da tradição cristã crer que a vida terrena é passageira e a morte, o caminho para uma outra vida, vida eterna em graça de Deus, muito embora seja típico o choro por seus mortos. E assim, cada povo tem sua forma muito específica de lidar com esse fenômeno morte.
Noutro registro, pode-se pensar também no exemplo de como, fim do século XX, o médico Jack Kevorkian (1928- 2011) torna-se mundialmente conhecido como Dr. Morte ao desenvolver uma máquina para a prática de “suicídio assistido” cujo objetivo era abreviar o sofrimento dos doentes terminais: o próprio paciente aciona um mecanismo que injeta em seu corpo substâncias letais. Mais de 130 pacientes morreram por esse procedimento, denominado eutanásia. Fonte: Gallo. Silvio. Filosofia: experiência do pensamento. São Paulo: Editora Scipione. 2014 (adaptado).
Tirar a vida de um feto com menos de 3 meses de idade, num caso em que a gravidez ocorreu por descuido, é visto por algumas pessoas e grupos como uma ação imoral, mas ao mesmo tempo outras pessoas e grupos pensam que se trata de uma ação moral.